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Foto do escritorJulio Cesar França Franco

A parábola do lenhador



  1. Era uma vez um jovem lenhador, um rapaz forte que havia se formado há pouco na universidade dos lenhadores em Massachusetts. Possuía um sofisticado machado de design italiano, com lâmina de liga leve milimetricamente balanceada e integrada por uma haste de fibra de carbono. Desde que começou a trabalhar, o número de toras de madeira encomendadas pelo seu vilarejo aumentou bastante e a sua meta de árvores a cortar era, a cada dia, mais desafiadora. Não podia decepcionar seus clientes, tinha que dar o melhor de si. Então, o jovem lenhador acorda cedo, antes mesmo do sol raiar, engole o seu desjejum e logo corre para a floresta sustentável onde trabalha para começar a golpear energicamente a primeira árvore que encontra pela frente. Um pouco mais tarde passa por ele o velho lenhador, que fala alegremente com o seu colega de trabalho: "Bom dia meu amigo! Como vai?" - O jovem absorto nas suas machadadas mal escuta e apenas resmunga algumas palavras inteligíveis. O antigo lenhador senta-se próximo ao amigo, e começa a amolar seu velho machado, uma peça já meio enferrujada com um cabo de madeira desgastado pelo uso. Ali sentado, logo percebe o quanto o jovem colega investe de esforço com seu moderno machado, porém a casca da árvore ainda mal parece ter sido penetrada pelos golpes do companheiro. Após alguns instantes observando a cena diz: "Meu caro, respire um pouco, afie o seu machado e faça o trabalho mais atentamente!" O jovem lenhador, entre uma machadada e outra, responde: "Não posso parar agora! Não tenho tempo a perder!" - O mais experiente se diverte com a cena por mais alguns minutos e logo sai para fazer o seu trabalho tranquilamente. Um par de horas mais tarde o velho lenhador, já de retorno, carregando muitas toras, frutos de um dia produtivo de trabalho se depara com o mais jovem exausto ainda tentando derrubar a mesma árvore. O jovem rapaz fica de queixo caído com a performance do amigo, e ainda ofegante, vai conversar com ele: "Como fez para produzir tanto e tão rápido? E ainda, com a sua idade e com este machado velho? Me conte o segredo!" O sábio lenhador não pôde conter um sorriso e disse: "Meu amigo, não tem segredo. A única coisa que fiz foi afiar meu machado. Enquanto fazia isso, também pude perceber o sentido do vento, a inclinação do terreno, eleger as melhores árvores para abater e principalmente, estudar onde golpear o tronco." E completou: "Se quiser bons resultados e tiver pouco tempo, afie bem o seu machado primeiro." Moral da história: para os dias atuais, "amolar o machado" significa afiar a sua mente, deixá-la focada, clara como água. Assim poderá tomar as melhores decisões, comunicar-se de maneira mais adequada, e desenvolver um relacionamento interpessoal de forma a conseguir liderar outras pessoas que colaboram com você para conquistar os seus objetivos.

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