Todos sabemos como as metáforas e analogias possuem um forte efeito de insights nas pessoas. Saber utilizar desses recursos facilita o fluir das informações relacionadas ao autodescobrimento. Na verdade, quando as analogias são diretas e fortes, como essas que vamos apresentar aqui, não devem ser colocadas em público para que não venha ocorrer brincadeiras que podem constranger um ou outro colaborador e sim distribuídas em house organs, ou por lista de e-mail. Nada que possa facilitar a interação como nos grupos de WhatsApp.
A criatividade no setor de RH, de qualquer empresa, é a chave para uma boa cultura organizacional. Claro que de nada adianta uma boa produção sem a capacidade de distribuição de conteúdo. A comunicação, portanto, deve ser muito bem estruturada para que as ideias não morram no nascedouro.
Criar elementos comparativos que podem despertar a consciência e recuperar colaboradores que não estão adequados à realidade de produção de uma instituição não é somente uma questão de entretenimento, como muitos gestores podem pensar. Não deve ser apenas um texto poético ou agradável de ler, muito além disso ele deve provocar a intenção de uma leitura de si mesmo e de suas ações na instituição.
Como primeiro exemplo, temos a analogia chamada: As Aves do Escritório.
No nosso escritório, temos muitas pessoas que se parecem com aves e podem assim ser classificadas:
GALINHAS – São os funcionários que, como as galinhas, ficam ciscando aqui e ali. Não reclamam de nada e sempre que existe algum risco, essas criaturas se afastam em desespero, pois não querem se comprometer de modo algum. Fazem o que deve ser feito sem inovação e nunca procuram chamar a atenção para si, afinal temem ser notados e com isso, avaliados.
GAVIÃO – Fica observando parado no ar esperando o melhor momento para se apresentar como responsável por algo que deu certo. Tal qual a galinha não quer aparecer muito: só no momento certo e sempre se aproveitando de alguém com uma personalidade mais fraca que não reivindica seu feito. Assim, o gavião, muitas vezes pode parecer um elemento produtivo, mas, na verdade, outro colaborador quase sempre é o responsável pelos feitos que ele afirma serem de sua autoria.
FALCÃO – Fiel ao líder e certeiro em suas ações. Extremante rápido quando está determinado a finalizar uma tarefa e, raramente erra em seus projetos. O falcão também funciona como olheiro do chefe dentro da repartição ele é capaz de investigar os colegas e produzir relatórios sobre quem faz o que na ausência do gestor maior. Diferente do famoso puxa-saco ele é produtivo mas, por ter baixa autoestima, procura fazer além do devido para manter uma forte relação com o patrão.
ÁGUIA – Esse é muitas vezes o perfil de um chefe imponente e que se coloca como um líder generoso capaz de ter todas as respostas possíveis sobre tudo e todos. Realmente causa impacto, pois sabe usar da sua influência entre os colaboradores para conseguir o melhor da equipe. Não é um mal gestor, mas, pode estar exagerando no que diz respeito ao protecionismo da equipe.
POMBOS – Provavelmente a pior categoria dentro do escritório. São aqueles que ficam de cabeça baixa reclamando pelos cantos da empresa. Quase sempre andam em grupos pequenos e parecem estar elaborando algum tipo de complô contra alguém. Não são produtivos de fato, fazem o que é ordenado e pronto: o resto não é responsabilidade deles.
GALO – Esse tipo fala alto com os outros e sempre se anuncia como o melhor. Na verdade, sempre fica esperando a solução dos problemas para depois subir no pódio e cantar vitória. Rival do gavião, o galo teme perder sua posição e por isso está sempre contando vantagens sobre suas ações na empresa aos seus superiores.
PAVÃO – Exibicionista que, diferente do Galo, não se anuncia com a palavra e sim com sua forma de vestir, uso de alta tecnologia e abuso de selfies nas redes sociais. Sua mesa muito bem pode estar ornada de souvenir coletados em suas espetaculares viagens pelo mundo. Mas, na verdade, cumpre mal sua missão de colaborar com a produtividade da empresa. Perde muito tempo cuidado da autoimagem.
BEIJA FLOR – Silencioso e veloz o elemento que se parece com o beija-flor resolve tudo de forma rápida e correta. Ele não reclama pelos cantos, não se exibe e nem canta vitória sobre seus feitos, mas sua presença ilumina o escritório, pois, todos confiam nele como capaz de solucionar os problemas mais complexos. Seu índice de produtividade é alto. O beija-flor é daqueles indivíduos que tem a liderança natural conquistada pelo exemplo que dá com suas ações.
Essas são as aves no nosso escritório. No seu também tem? Qual delas você seria hoje?
Assim, você pode terminar essa analogia que, com um pouco de imaginação pode migrar para o universo dos: metais, minerais, das forças da natureza, das frutas, animais selvagens e etc. Apenas tenha o cuidado de não usar somente os perfis negativos, deixe pelo menos um deles ser o ideal de um bom colaborador na empresa.
A outra forma de se levar o leitor ao pensamento sobre si mesmo é a metáfora. Que é uma história de fundo moral e ético. Existem centenas que podem ser usadas no ambiente empresarial. Vamos a um curto exemplo.
Todos os dias o jardineiro conversava com suas flores enquanto cuidava delas. O carteiro, que sempre passava pelo local, um dia perguntou porque ele fazia isso. O jardineiro responde que estava mostrando às flores o seu amor e carinho por elas e que, muitas vezes, cantava ou recitava poemas afetuosos.
O carteiro riu muito e perguntou como ele podia saber se elas estavam entendendo o que ele dizia. O jardineiro se levantou e abriu os braços apresentando um jardim espetacularmente florido: – “Assim, disse ele, se tornando o melhor que podem. Cada uma do seu jeito!
Podemos muitas vezes receber o retorno de nosso esforço de forma diferente da que fazemos. Isso se dá porque as pessoas possuem diferentes formas de apresentar sua produtividade, seu agradecimento ou seu afeto. Um bom gestor deve ser igual a um jardineiro, jamais esperar que uma rosa se transforme em uma margarida, mas, saber que cada uma delas está fazendo o melhor de si para retribuir o que recebe. Cabe ao gestor, escolher o canteiro certo para cada espécie de flores.
Dessa forma, podemos nos utilizar de várias formas de conteúdo para facilitar a comunicação com o corpo institucional. Da mesma forma que essa metáfora traz o pensamento que o gestor é o responsável por colocar o profissional certo no cargo exato onde ele poderá ter sua produtividade máxima, o setor de RH pode se valer de outras que devem servir como elementos facilitadores de um processo de reflexão para um melhor desempenho.
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