Carvalho: Significa "longevidade", "resistência" ou "árvore de múltiplas características".
A árvore em questão é um carvalho, um gigante de madeira com centenas de anos, situado no alto de Ettersberg, a oito quilômetros de Weimar. Mas também há outro personagem nessa história e seu nome está intimamente ligado à região: Johann Wolfgang von Goethe (1749–182). O maior representante da cultura alemã é assíduo frequentador destes bosques e neles produzirá parte de seu legado literário. "Muitas tradições em todo o Mundo consideram o carvalho como uma árvore sagrada devido à sua robustez e majestosidade.
Considerava-se que havia uma forte relação de poder com os céus pelo facto de os carvalhos atraírem os raios e, por esse motivo, controlarem os trovões e as tempestades. Estas árvores estavam assim em contato com as divindades e representavam-nas de alguma forma na Terra.
Símbolo de força moral e física, como o atesta a sua expressão em latim, robur, o mesmo termo utilizado para robustez e força, o carvalho representa a árvore por excelência e, através dela, o centro ou o eixo do Mundo. Na Idade Média, considerava-se que o carvalho tinha uma influência mágica sobre o tempo e a madeira de carvalho fazia parte das poções da feitiçaria que provocavam trovoadas e tempestades. Era a árvore de Zeus, na Grécia, de Júpiter, em Roma, e de vários outros deuses do Norte e do Leste da Europa. O bosque da deusa Diana estava cheio de carvalhos que eram também o símbolo da deusa. As coroas que homenageavam os soldados romanos pelos seus feitos nas batalhas eram feitas de folhas de carvalho e bolotas.
A sua importância como meio de comunicação entre o Céu e a Terra, ou entre os homens e as divindades, é notória em muitas culturas. O carvalho tem uma grande relevância na simbologia bíblica. Abraão recebeu as revelações de Deus junto a um carvalho, tanto em Hébron como em Siquém. O Antigo Testamento mencionava também que a morada de Abraão em Hebrón era junto a um frondoso carvalho. Ulisses, na Odisseia, consulta o carvalho de Zeus no seu regresso a casa. Plínio, o Velho, mencionou os druidas celtas relacionando o seu nome com o nome celta de carvalho, duir, e por isso passaram a ser conhecidos posteriormente como "homens de carvalho". Esta comparação devia-se ao facto de os druidas serem considerados homens de sabedoria e força, qualidades também atribuídas ao carvalho. Os celtas assumiram o carvalho como uma divindade e um símbolo de acolhimento ou lar e também uma espécie de templo, dado o seu forte tronco e os seus ramos e folhagens espessos. Por esta razão, na Irlanda, as igrejas eram chamadas de dairthech, "casas de carvalho", o mesmo nome que entre os druidas significava bosque sagrado."
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