Em 490 a.C., o Império Persa decidiu colocar em prática o plano de dominar a Grécia. A estratégia seria desembarcar na praia de Maratona e marchar até Atenas, hoje capital grega. Havia também a promessa de que violariam as mulheres atenienses e sacrificariam seus filhos. Sabendo disso, os gregos orientaram suas esposas a matar suas crianças e tirarem a própria vida caso não recebessem a notícia da vitória.
Mesmo com um contingente muito maior, mais treinado e mais equipado do que o exército grego, os persas foram derrotados. E como as mulheres atenienses ficariam sabendo disso milênios antes da invenção do rádio, da TV, do telefone e da internet? Aí entra o soldado e atleta Fidípedes. Conhecido por ser excelente corredor, Fidípedes já havia corrido mais de duzentos quilômetros em dois dias antes da batalha de Maratona, na tentativa frustrada de pedir reforços a Esparta, cidade grega notória pelos seus exércitos e soldados. Após a vitória, o general Milcíades lhe deu a missão de percorrer o mais rápido possível os cerca de 40 km entre Maratona e Atenas para levar a mensagem do triunfo sobre os persas e evitar que as mulheres executassem o plano. Fidípedes correu como nunca para cumprir seu objetivo. Ao chegar, conseguiu apenas dizer que os gregos tinham vencido e, exausto, deu seu último suspiro e caiu sem vida. A primeira maratona da história terminou de forma triunfal e trágica. Quantas "Atenas" foram destruídas ao longo da histórias por não ter um Fidípedes?
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