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Foto do escritorJulio Cesar França Franco

NÓS OU LAÇOS AFETIVOS ?

TEXTO JULIO CESAR FRANÇA FRANCO.

VOCÊ POSSUI NÓS OU LAÇOS AFETIVOS?

“Prefiro os Laços, os nós da vida muitas vezes apertam e são por vezes difíceis de desapertar. Os Laços por sua vez unem Basta puxar uma ponta devagar e eis de novo a liberdade de agir, de viver, de sentir.”

Quando uma relação chega ao fim dizem: Romperam os laços, que antes era de luz e hoje se tornaram escuros de tanta antipatia. O verdadeiro amor não prende liberta, não coloca grilhões no outro, mas dá asas, não aperta acaricia, mesmo quando se desfaz, escorrega macio. O nó você muitas vezes tem de cortar, agora os laços você pode desatar. Relação que só tem nó chegou ao fim, perderam-se os laços que faziam eles gostarem de estar juntos. Minha dica é essa: Jamais corte o que pode ser desatado! A relação é uma construção como se estivéssemos fazendo um novelo. Primeiro você tem que tecer enrolar e depois cortar, se você não sabe a quem vai entregar a lã preciosa das suas emoções você está perdendo o fio da vida e transformando seus sonhos em pesadelos. Sei que é difícil quando a relação chega ao fim e temos que nos desatar as desculpas são as de sempre:

Eu não te mereço! Você vai encontrar alguém melhor que eu e que te faça feliz. Eu não presto! Não sei o que aconteceu... nem sei explicar. Você está livre pra tentar ser feliz novamente. Você vai estar pra sempre em meu coração!

Uma eis namorada me disse quando terminamos: Eu preferia que você tivesse me dado um tiro no peito acho que ia doer menos. A gente se sente o pior dos vilões e não existe fórmula pra curar esta dor que causamos apenas um remédio. .. Somente ele ....o tempo! Não sei o que é pior quando abandonamos ou quando somos abandonados.

Algumas pessoas nós jamais gostaríamos de desatar os laços, porém vão além de nós alguns desígnios de Deus e nossa pequenez não obtém resposta pra esta pergunta. Porque não deu certo? A frase que mais me doeu ao termino de uma relação foi esta que ouvi:

"Eu não vim fazer juras, nem promessas. Estive na sua vida com a intenção de mostrar a você o quanto nós poderíamos ser felizes... Lembre-se, amei você todos os dias em que estivemos juntos."

O NÓ DO AFETO

Em uma reunião de pais numa escola de periferia, a diretora incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos. Colocava esta diretora também que os mesmos deveriam se fazer presentes para os filhos. Entendia ela que, embora sabendo que a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e atender às crianças. A diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou na sua maneira humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana, pois quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo, e quando voltava do trabalho o garoto já havia deitado, porque era muito tarde. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para poder prover o sustento da sua família. Porém, ele contou também que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho, mas que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. Para que o filho soubesse de sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia através dele que o pai havia estado ali e o havia beijado. O nó era o elo de comunicação entre eles. Mais surpresa ainda a diretora ficou quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da sala. Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó... Um nó cheio de afeto e carinho.


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