Uma parábola para o autoconhecimento "O menino que já não brincava, que já não sorria e que já não cantava, agora já nem se amava... Para ele tudo era mentira, tudo era mal feito, Deus era quase um brinquedo... Andando pela floresta viu uma represa quase seca, dando as costas pensou: “Se Deus existisse, descia aqui e a encheria de água”.Atrás do menino, se fez a chuva e encheu a represa, mas o menino não viu... Mais adiante, viu árvores queimadas, mortas, dando as costas mais uma vez pensou “Se Deus existisse, daria vida a essas árvores”. Atrás do menino, passarinhos voavam e deixavam cair suas sementes, em instantes árvores verdejantes, floridas cresciam sem parar, mas o menino, de costas não viu... Notou casulos, fechados, dando as costas novamente pensou: “Se Deus existisse, daria vida a esses casulos”. Atrás do menino, os casulos de abriram, borboletas coloridas voavam pelo campo de árvores verdejantes, distribuindo um colorido mágico, mas o menino, novamente não viu! Cansado, cheio de julgamentos, o menino pensou “Se Deus existisse, ele desceria até aqui e falaria comigo”.Atrás do menino, um faminto mendigo lhe estendia a mão, mas o menino, de costas não viu... Poucos passos à frente, se deparou com uma grande parede espelhada, o menino se viu refletido, em um mundo colorido, com árvores verdejantes, cachoeiras, borboletas e pássaros, que voavam juntos e cantavam alegremente. O menino pensou “que belo quadro, se Deus...” mas antes que pudesse concluir qualquer pensamento, olhou fixamente o tal quadro-espelho, era ele mesmo refletido naquele mundo mágico, e nos olhos do menino passavam cenas em que ele sorria, cantava com os pássaros, e quase voava com as borboletas. Notou através do reflexo que atrás dele estava um velho senhor, mal vestido e aparentemente faminto, e o senhor lhe estendia a mão, sentindo as mãos tremulas e o coração acelerado, temeu virar as costas, não queria abandonar aquele mundo ao qual sempre acreditou não existir, ele parecia feliz flutuando entre os pássaros e borboletas. Decidiu virar, ia mandar aquele homem ir embora, pedir que o deixasse em paz em seu mundo colorido. Ao se virar, a parede de espelho se desfez, o velho se envolveu em uma grande luz branca e desapareceu, parado, admirado o menino percebeu então que tudo aquilo era real, e chorou pelas tantas vezes que virou as costas para a verdade, pelas vezes que duvidou da vida, e pelas tantas vezes que deixou de sorrir ou de amar. Percebeu que as coisas mágicas acontecem o tempo todo, estão diante dos nossos olhos a todo o momento, porem nós com todos os nossos julgamentos simplesmente viramos as costas, e acabamos por criar um mundo de duvidas e pré-conceitos. As lágrimas do pequeno menino foram aos poucos lavando sua alma, as borboletas e os pássaros carregaram o menino até o topo da árvore mais alta, e olhando para o céu o menino sorriu, agora ele já cantava, agora ele já brincava, agora ele já amava!"
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