Autor-Julio Cesar Franco
Muitas vezes nos perguntamos:
Quem sou?
O que faço?
De onde venho?
Pra onde vou?
São dezenas de questionamentos que nos fazemos todos os dias.
Podemos inquirir mais...
Será que hoje estou melhor que ontem?
Será que amanha estarei melhor do que hoje?
Se hoje fosse nosso último dia de vida a quantas pessoas faríamos falta?
O que fizemos de nossos talentos?
Multiplicamos?
São muitas perguntas e muitas projeções e com certeza mais erros que acertos.
Creio que se já não somos o que fomos ainda não somos o que deveríamos ser!
O ser que eu quero ser tem que deixar o mundo melhor que o encontrou, deve ser um homem de bem, encarando suas lutas não se acovardando nos momentos de testemunho como muitos fizeram e ainda fazem lavando as mãos na bacia do imediatismo, manchando sua consciência.
O ser que eu quero ser, não pode ser tíbio, medroso, deve ter os valores do bem, casados em seus pensamentos, palavras e atitudes.
O ser que eu quero ser sabe que o homem ao longo de sua vida tem três amigos:
“O dinheiro até a morte, os parentes até a sepultura e as boas obras para sempre”.
O ser que eu quero ser sabe que precisamos extinguir a chaga da ignorância que acalenta a miséria, precisamos nobres irmãos dissipar a sombra da cobiça que gera o monstro do egoísmo que promove as guerras.
O ser que eu quero ser não pode ter uma fé apenas beatífica, contemplativa, petitória, e sim uma fé operante, capaz de transportar montanhas, de transformar água em vinho.
Deve parar de cobrar pedágios dos que dividem com ele o mesmo espaço.
O ser que eu quero ser não pode exigir dos que caminham ao seu lado virtudes que ainda não conquistou!
O ser que eu quero ser deve aprender com a natureza, sei que pode parecer utópico, mas o sândalo perfuma o machado que o corta, e alguém nos convidou que perdoássemos setenta vezes sete nossos ofensores.
Estamos matriculados no robô de carne que é o corpo, suspensos no Universo, viajando na espaçonave Terra, tendo a oportunidade mágica de ser um ser diferente, não podemos nos permitir anestesiar os sentidos, e entorpecer a consciência, ficar brincando de ciranda cirandinha de mãos dadas com as sombras.
Devemos buscar o amor incondicional em nossas vidas, encontrando nossa maturidade espiritual, enobrecendo o nosso existir, sair vitoriosos sobre nós mesmos vencendo nossos vícios morais que retardam o avanço da humanidade.
O ser que eu quero ser sabe que se levam anos para construirmos sentimentos verdadeiros e segundos para desintegrá-los.
Se você ainda não encontrou o sentido da sua vida, não se acomode, sirva e seja útil o tempo todo, compreenda que você pode calçar a sandália da humildade e com ela você caminhará na estrada do Cristo, e isso é de bom tom afinal ele nos disse que era o único caminho para irmos ao encontro do nosso pai celestial.
Evite ingerir o cactos amargo do ódio e do rancor.
Busquemos ser um ser leve com pegadas e rastros de luz, espargindo alegria e felicidade ao nosso redor, sendo útil e não peso na economia da coletividade.
“O ser que eu quero ser tem fé no futuro e coloca os bens espirituais acima das conquistas materias.”
O ser que eu quero ser tem Jesus menos nos lábios e mais no coração!
O ser que eu quero ser jamais deve se esquecer que “a coisa de maior extensão no mundo é o universo, a mais rápida é o pensamento, a mais sábia é o tempo e mais cara e agradável, é realizar a vontade de Deus.”
E por fim o ser que eu quero ser se pudesse fazer uma rogativa a Deus seria esta:
“Acorda-nos, Senhor da Vida, Para a luz das oportunidades presentes; Para que os atritos da luta não as inutilizem, Guia-nos os pés para o supremo bem; Reveste-nos o coração Com a Tua serenidade paternal, Robustecendo-nos a resistência! Poderoso Senhor, Ampara-nos a fragilidade, Corrige-nos os erros, Esclarece-nos a ignorância, Acolhe-nos em Teu amoroso regaço. Cumpram-se, Pai Amado, Os Teus desígnios soberanos, Agora e sempre. Assim seja.”
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