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Foto do escritorJulio Cesar França Franco

O valor de um grupo



"Um homem comparecia assiduamente às reuniões de um grupo de amigos e, sem comunicar a ninguém, deixou de participar de suas atividades. Depois de algumas semanas, um amigo, integrante desse grupo, decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria! O Amigo o encontrou na sua casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde o fogo estava brilhante e acolhedor. Adivinhando o motivo da visita do seu amigo lhe deu as boas vindas e, aproximando-se da lareira lhe ofereceu uma cadeira grande em frente à chaminé e ficou quieto, esperando. Nos minutos seguintes, houve um grande silêncio, pois os dois homens somente admiravam a dança das chamas em volta dos troncos de lenha que queimavam. Depois de alguns minutos, o amigo visitante examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para fora do fogo. Sentando-se novamente, permaneceu silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e também quieto. Dentro de pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que após um brilho discreto e momentâneo, seu fogo se apagou em um instante mínimo. Dentro de pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um frio, morto e preto pedaço de carvão, recoberto de uma camada de cinza espessa. Nenhuma palavra tinha sido pronunciada desde a protocolar saudação inicial entre os dois amigos. Antes de preparar-se para ir embora, o amigo visitante movimentou novamente o pedaço de carvão já apagado, frio e inútil, colocando-o novamente no meio do fogo. Quase que imediatamente o carvão voltou a desprender-se em uma nova chama, alimentado pela luz e o calor das labaredas dos outros carvões em brasa e ao redor dele. Quando o amigo visitante se aproximou da porta para ir-se embora, seu anfitrião lhe disse: Obrigado pela sua visita e pelo belíssimo sermão ..."

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