" Foi um choque para aquela jovem mãe quando recebeu o diagnóstico de câncer. Sucederam-se os tratamentos e, naquele dia, após o internamento, quando ela voltava para casa, se sentiu muito triste. Ela estava consciente da sua aparência. Estava sem cabelos, por causa da radioterapia. Sentia-se desencorajada. Seu marido continuaria a amá-la? E seu filho? Ele tinha apenas seis anos. Quando chegou em casa, sentou-se na cozinha, pensando em como explicar a seu filho porque estava tão feia. Ele apareceu na porta e ficou olhando-a, curioso. Quando ela iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e se aconchegou em seu colo, quietinho, a cabeça recostada e m seu peito. Ela acariciou a cabecinha do filho e disse: "você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes". O menininho se levantou, olhou para ela, pensativo. Depois, com a espontaneidade da sua infância, respondeu: "seu cabelo está diferente, mãe. Mas o seu coração está igualzinho." A mãe não precisava mais esperar por daqui a pouco para melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor. O essencial é invisível aos olhos, dizia o pequeno príncipe, no livro de Antoine de Saint Exupéry. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência."
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